segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Despedida

queria uma vida sem problemas
uma vida em que minhas duvidas não me perseguissem por um beco escuro
me sinto encurralada, naquele momento antes da surra
sinto sangue quente na minha boca
meu rosto arde e queima
queima de vergonha,arde de fraqueza...

meus joelhos falham,e encontro o chão
sinto meu estomago gelar de medo
e o grito de terror não sai da minha garganta
só lagrimas, duras como pedra
rasgam meus olhos e escorrem

Me vi ali,na sarjeta
Chorando de dor,sem nada
Nada além de querer seu bem
naquela hora me despedi,
me despi do orgulho e fui embora

Seu pedaço,aperto,abraço ficou
Não quero mais me segurar no que restou
Devo me levantar e seguir em frente,
Sem deixar minha vontade pestanejar e olhar para trás

Estou ferida ainda...
mas me levanto todos os dias para me curar
limpar meus ferimentos e tentar não aceitar a culpa
que purga das minhas entranhas
e tenta me macular com sua nodoa pegajosa

Tenho medo do caminho
vejo os cenários se mudarem rapidamente
mas vou manter o meu passo,ir devagar
rasgar esta pele velha em que habito
na esperança de voar...








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